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Quem trai uma vez, trai sempre!



Será?


Antes, diferenciemos infidelidade de lealdade. Focamo-nos demasiado no primeiro e com frequência esquecemos o segundo. Ser fiel significa, basicamente não enganar sexual ou emocionalmente o seu parceiro. É um preceito, uma regra que se cumpre ou não se cumpre. Você pode maltratar uma pessoa ser-lhe fiel (por medo, inseguranças ou falta de oportunidade). Assim como pode amar alguém e ser infiel. Fidelidade é regra, lealdade é valor.


O romantismo, embora não o vejamos assim, é uma forma exacerbada de egoísmo. “Meu amor”, “meu namorado(a)”. Tem a ver com o desejo, posse e exclusividade, que tornam a infidelidade insuportável. As pessoas matam por isso todos os dias. É um sentimento que pode colocar à mostra o pior de nós, embora pareça apenas lindo e romântico.


Ser traído dói. Isso é indiscutível. É neste momento que entra em cena a famosa questão: “quem trai uma vez, trai sempre?”


Para respondê-la, teremos que deixar de lado o julgamento moral e tentar entender onde e quando todo começou. Ter um episodio de traição não é o mesmo que ser traidor.


Fazendo uma analogia com comida, suponhamos que estava de dieta e tem a opção de comer pizza ou uma salada. Quer a pizza, come a pizza. O que o/a levou a comer pizza não foi a fome.


Não pode usar fome como argumento, porque podia ter feito outra escolha. Podia ter comido salada que, seguindo a analogia, era o acordo. Escolhe incumprir o acordo. E não foi algo que simplesmente aconteceu. Teve a opção de escolher.


Traição é escolher a pizza e culpar a fome. Mas depois disto, tem também a oportunidade de escolher entre: ser infiel e desleal, omitindo, ou ser infiel, mas leal, assumindo que não cumpriu o acordo e partilhando esse “incumprimento”, processo difícil, mas necessário, com o seu parceiro.


A verdade é que não existe uma resposta universal. Aceitar ou na que foi traído bem como perdoar ou não o parceiro são decisões que devem ser analisadas na individualidade de cada um.


Cada relação tem as suas regras.


Dra. Andreia Lourador, Psicóloga Clínica




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